quarta-feira, 10 de abril de 2013

Primeira seleção brasileira de ‘League of Legends’ tenta vaga em mundial

Primeira seleção brasileira de 'League of Legends' na Campus Party 2013 (Foto: Gustavo Petró/G1)
Tal qual a seleção brasileira de futebol, em que os melhores jogadores de futebol são convocados para participar de competições, os melhores cibertatletas do país também contam com sua seleção nacional. E pela primeira vez, foi formado um time brasileiro de “League of Legends” com duas das melhores equipes do país.

“A seleção é convocada quando o jogador ou a equipe brasileira de games se classifica para um torneio internacional, que é o caso do Intel Extreme Masters. Em ‘League of Legends’ aqui na Campus Party o torneio dá vaga para a final mundial que será realizada na feira Cebit, na Alemanha, em março”, conta Alexandre Borba, conhecido como gaulês, o chefe e idealizador da Seleção Brasileira de Games. No ciberesporte, ele é um jogador profissional conhecido, que competiu entre 1999 e 2008 no game “Counter-strike” e foi indicado ao prêmio de melhor jogador sul-americano da década.


No evento que ocorre até domingo (3) na cidade de São Paulo, dois times compõem a seleção: o Nex Impetus Gaming e o Keyd Team. Eles buscam o título da competição que dará prêmios no valor total de US$ 50 mil. A fase de grupos começou nesta quinta-feira (31) e as finais estão marcadas para o sábado (2). A competição faz parte da área com entrada gratuita da Campus Party e, a cada partida, os visitantes lotam o palco onde a competição acontece. E, como ocorre em games como “Starcraft II”, os asiáticos são os mais fortes da competição.


“Sempre tentamos investir nos times que precisam de ajuda. No caso do LoL ['League of Legends'], os dois precisavam de ajuda para trazer os jogadores para São Paulo, pois nem todos moram aqui. Damos treinamento, suporte, assessoria e hotel. A seleção entra como patrocinadora dos times. Eles levam a bandeira do time, mas representam a seleção brasileira nos torneios”, explica Gaulês.




Os jogadores do Nexus e do Keyd moram em cidades separadas, mas treinam jogando on-line. Desde domingo (23), eles se reuniram em São Paulo para treinar na Arena da seleção de games e se preparar para o torneio da Campus Party. “O esquema da seleção é de muita disciplina. Eles treinaram todos os dias das 11h da manhã até 9 da noite, parando uma hora para se alimentar. Os ciberatletas foram supercompetentes, respeitando horários, não faltando aos treinos. O jogador brasileiro está num nível muito bom de comportamento e exposição. A seriedade do projeto da seleção contribui para isso”, conta o técnico. “A preparação para o Intel Extreme Masters foi a mais ideal possível e o objetivo deles é passar da fase de grupos, justamente por ser a primeira competição da seleção.”


Se a determinação, o apoio da seleção e a força da torcida, que lota para assistir o torneio na Campus Party, contribuírem para a motivação dos ciberatletas brasileiros, a chance do título do Intel Extreme Masters é grande.

A Arena

Todas as equipes e jogadores convocados para a seleção brasileira de games usam uma arena para treinamentos. O local fica na Zona Leste da cidade de São Paulo e tem 10 computadores modernos para treinar, bancadas para juiz e sistema de som – tudo para simular competições. Inicialmente, a seleção brasileira de games, além de “League of Legends”, terá equipes e atletas dos games “Fifa”, “Counter-Strike”, “Starcraft II” e “Point-Blank”.

Gaulês afirma que, semanalmente, haverá torneios envolvendo os jogos que fazem parte da seleção para estimular a competitividade e preparar melhor os ciberatletas para competições internacionais. “Queremos dar toda a estrutura para que os jogadores tenham o melhor resultado lá fora. Contratamos até narradores para transmitir as competições da Arena”.

Os treinos para “League of Legends” envolvem confrontos com outros times. Depois, Gaulês conta que há uma análise técnica do que está sendo feito - da escolha dos heróis a serem usados ao tempo para concluir um objetivo e quantos inimigos mataram. Com esta avaliação, os profissionais tentam melhorar suas partidas e, assim, obter melhores resultados nas competições.

“Quando comecei, a gente ia para um campeonato internacional para saber o que estava acontecendo. Hoje, os ciberatletas já têm condições de saber quem vão enfrentar e estudar seus oponentes”, diz o técnico.


Curiosidades da seleção brasileira de games
Jogadores convocados em um ano
35
Países visitados em 2012
Alemanha, Chile, China, França e Suécia
Arrecadação em prêmios
US$ 19 mil
Fãs no Facebook
360 mil

Nenhum comentário: